O conceito de ESG — sigla para Ambiental, Social e Governança — representa a adoção de projetos e ações voltados à sustentabilidade e à responsabilidade corporativa em três dimensões fundamentais: a preservação do meio ambiente, a atuação social consciente e a ética na gestão e governança organizacional.
Origem e desenvolvimento
A preocupação ambiental em âmbito global ganhou força com a realização das COPs (Conferências das Partes), que reúnem os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Esses encontros têm sido decisivos para discussões sobre metas de redução de emissões e políticas climáticas.
O termo ESG foi utilizado pela primeira vez em 2004, por meio da iniciativa conjunta entre o Pacto Global das Nações Unidas e o Banco Mundial, intitulada “Who Cares Wins” (Ganha quem cuida). O objetivo era incentivar o mercado financeiro a considerar fatores ambientais, sociais e de governança nas decisões de investimento.
Em 2006, a ONU fortaleceu esse movimento com a criação dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI). A partir daí, gestores financeiros passaram a buscar formas concretas de incorporar critérios ESG em suas análises e na tomada de decisões estratégicas.
A Agenda 2030 e os ODS
Em 2015, a ONU lançou oficialmente a Agenda 2030, uma proposta de desenvolvimento sustentável com foco em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa agenda passou a orientar governos, empresas e instituições na busca por práticas mais justas, inclusivas e ambientalmente conscientes.
ESG no centro dos investimentos
Com a chegada da pandemia da Covid-19, em 2020, o ESG ganhou ainda mais destaque no mercado financeiro. Organizações com foco em sustentabilidade passaram a ser valorizadas por sua resiliência e visão de longo prazo. A partir de 2021, temas como descarbonização, transição energética e gestão de resíduos se consolidaram como prioridades, impulsionados pela urgência das mudanças climáticas.
Avanços no Brasil e no cenário global
No final de 2022, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou a ABNT PR 2030, uma Prática Recomendada que oferece diretrizes para auxiliar as organizações brasileiras na implementação estruturada de políticas ESG.
Já em 2023, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, a principal palavra de ordem foi “descarbonização”, reforçando o compromisso global com a meta de emissões líquidas zero até 2050.
Um caminho sem volta
Entre 2004 e 2023, o mundo corporativo testemunhou um avanço significativo rumo à sustentabilidade. Empresas passaram a incorporar o diálogo com stakeholders, promover redução de desigualdades, adotar práticas ambientais responsáveis e fortalecer a transparência na governança.
A evolução do ESG não apenas representa um novo modelo de negócios, mas também reflete a construção de um futuro mais justo, ético e sustentável.
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