Segundo a presidente da associação Unidas pelo Autismo, Catiane Ferreira Gomes, realizar um evento desse porte é essencial para mostrar que a pessoa com deficiência pode estar em qualquer lugar desde que sejam feitos os ajustes necessários. “A deficiência só é um problema se não houver adaptação. E, neste mês de conscientização, é isso que buscamos, principalmente porque o autismo não tem características físicas para ser identificado”, afirma.
A associação foi fundada, em 2015, por um grupo de mães que se uniram na luta por igualdade na sociedade para pessoas com autismo. Catiane revela que a experiência nas motos é transformadora para todos os envolvidos: “Quem participa da motociata descreve a experiência como única. Para os motociclistas, é a oportunidade de proporcionar um momento especial e, para as pessoas com deficiência, é a chance de sentir a liberdade sobre duas rodas e viver algo novo e emocionante.” No último ano, a motociata reuniu mais de 1.000 motociclistas e cerca de 125 jovens com TEA para uma volta na lagoa da Pampulha. “Todos os anos contamos com uma rede de apoio composta por profissionais da área de segurança, terapeutas e uma ambulância, além de oferecer orientações detalhadas aos motoclubes sobre todo o processo do evento”, complementa Catiane sobre a preparação dos participantes.
Ana Paula Alkmim, gerente de Marketing do Minas Shopping, afirma que a oportunidade de sediar a motociata reforça o compromisso com a inclusão e a acessibilidade. “Eventos como esse geram conexões e ajudam a construir um ambiente mais acolhedor, onde a informação se torna um agente de transformação. Ver a adesão dos motociclistas e o impacto positivo para as famílias reforça a importância dessa iniciativa”, destaca.