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“CAPIBA, pelas ruas eu vou”, do Aria Social, volta aos palcos nos teatros RioMar e Santa Isabel em junho

O espetáculo “Capiba, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social, retorna com força total aos palcos de Recife neste mês de junho. Em cena, 45 talentosos bailarinos-cantores e 19 músicos trazem a história de Capiba à vida em um espetáculo que abraça diversas linguagens artísticas com muita inovação e criatividade. Música, canto coral e dança se cruzam com teatro, cinema e fotografia, traçando um mosaico que reflete a multifacetada obra de Capiba. O musical se apresenta no dia 06 de junho, no Teatro RioMar, localizado no RioMar Recife, a partir das 20h. Já as sessões no Teatro Santa Isabel acontecem entre os dias 13 e 14 de junho, a partir das 19h30, no dia 15 às 19h e no dia 16 às 17h.

Como de praxe, haverá uma sessão extra para as escolas públicas da Região Metropolitana do Recife, no dia 14 de junho, às 16h. “Estamos muito felizes em atingirmos um recorde de público, em nossa décima temporada, com um espetáculo aclamado até então por cerca de 14 mil espectadores, em 30 espetáculos. Convidamos o público a viver conosco essa experiência inesquecível e se surpreender com a riqueza musical e o legado da obra de Capiba”, diz a bailarina, presidente do Aria Social e diretora-geral do espetáculo, Cecília Brennand.

Desenvolvido com o objetivo de valorizar a rica e plural cultura pernambucana, “CAPIBA, pelas ruas eu vou”, narra a jornada do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1904-1997), mais conhecido como Capiba. Nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, em 28 de outubro de 1904, ele foi filho de um mestre de banda e aprendeu a ler partituras antes mesmo das palavras. Após morar na Paraíba, Capiba se mudou para Recife aos 26 anos, onde trabalhou no Banco do Brasil e cursou a Faculdade de Direito do Recife, embora nunca tenha exercido a advocacia. Sua primeira composição de sucesso foi a “Valsa Verde” em 1931.

Através de frevos dos anos 1930, valsas apaixonadas, sambas, maracatus, cirandas, marchas e ópera, a história é tecida em apresentações ao vivo, com uma orquestra de câmara, projeções de cinema e fotografias, que surpreendem e oferecem ao público uma experiência inesquecível. “Lourenço da Fonseca Barbosa é um artista pernambucano que o Brasil precisa conhecer! Apesar de sua figura tímida e melancólica, ele foi capaz de arrastar multidões nos carnavais de Pernambuco, tornando-se um músico atemporal, cuja obra continua a ressoar através das décadas”, destaca a diretora, maestrina e vice-presidente do Aria Social, Rosemary Oliveira.

Coreografia: criatividade com intenção e significado profundos

A coreógrafa e diretora artística do espetáculo, Ana Emília Freire conta que, no processo criativo da coreografia, o mais importante é que cada gesto e movimento carregue uma intenção e um significado profundos. “Não se trata apenas de criar formas esteticamente agradáveis, mas de compor cada passo com emoção e propósito, comunicando através dos movimentos a essência de cada cena e de cada música da obra”, afirma.

Segundo Ana Emília, para que a coreografia reflita verdadeiramente o espírito do musical, foi fundamental envolver os bailarinos e cantores do Aria Social no processo criativo. “Para dar autenticidade e veracidade aos movimentos, primeiro extraí deles suas próprias emoções, interpretações e sentimentos em relação à música e à identidade de Capiba. Em seguida, os incentivei a trazer suas experiências pessoais para a coreografia. Isso cria uma camada adicional de autenticidade e profundidade na performance, tornando-a mais envolvente e impactante para o público”, explica.

O tempo e o percurso da riqueza musical de Capiba são as chaves do espetáculo. Transitando do preto e branco das velhas fotografias às cores vibrantes da bandeira pernambucana, a jornada musical de Capiba é entrelaçada com a história cultural de Pernambuco, mostrando como suas composições influenciaram e foram influenciadas pelo cenário ao seu redor. “Ao focar na intenção e no significado de cada gesto, criamos uma coreografia que não apenas entretém, mas também toca o coração e a mente do público, conduzindo-o por uma jornada emocional e reflexiva através da dança”, destaca Ana Emília.

O processo criativo do figurino

Ainda sobre o processo de criação do musical, a figurinista do Aria Social e responsável pelos figurinos da obra, Beth Gaudêncio, explica que ele sempre acontece de maneira intuitiva e isso faz a diferença. “A grande inspiração para todos os meus figurinos até agora tem sido a música. O roteiro também é muito importante, pois funciona como um mapa o qual devo seguir. A música representa o sentimento. Quando escuto a música, ela já traz o pacote completo, entre aspas. Traz a cor, textura e volume”, diz.

Além de contribuir com um olhar de designer e de estilista na parte artística do cenário, Beth atesta que, ao contemplar o impacto do musical, percebe que ele não se limita somente à expressão artística para os alunos do Aria Social, mas os ensina sobre a cultura pernambucana e como isso reflete neles enquanto indivíduos.

“Ao investir no desenvolvimento artístico de cada aluno, não apenas os capacitamos em técnicas de dança e canto, mas também cultivamos sua autoconfiança, comunicação e compreensão do mundo ao seu redor. Esse cruzamento de habilidades proporciona aos jovens uma experiência enriquecedora que vai além, pois oferece-lhes a oportunidade de compreender o verdadeiro significado da arte e os toca em sua essência mais profunda”, comenta a figurinista que será homenageada na sessão de 15 de junho pelos trabalhos prestados ao Aria Social, onde atua desde 1991.

Estreia em São Paulo

Em agosto, o musical se apresenta pela primeira vez em São Paulo com sessões no Teatro Santander, nos dias 05 e 06 de agosto, e no Teatro Frei Caneca, nos dias 13 e 14 do mesmo mês. “O espetáculo mostra que é possível ter excelência numa obra artística advinda de um projeto social e isso muito nos orgulha”, a presidente do Aria Social, Cecília Brennand.

“CAPIBA, pelas ruas eu vou” conta com a direção musical e regência de Rosemary Oliveira, concepção, direção artística e coreografia de Ana Emília Freire, figurino de Beth Gaudêncio, direção audiovisual e videografia de Max Levoy, design de luz e operação de Cleison Ramos, design de som e operação de Isabel Brito, e projeção de Gabriel Furtado. Os ingressos no Teatro RioMar e no Teatro Santa Isabel já estão disponíveis para venda, a partir de R$25.

SERVIÇO: 

Temporada Junho 2024:

Teatro RioMar

Data: 06/06/2024 – 20h

Teatro de Santa Isabel

13/06/2024 – 19h30

14/06/2024 – 16h (sessão especial para escolas públicas) e 19h30

15/06/2024 – 19h

16/06/2024 – 17h

Para comprar ingressos, acesse: https://www.guicheweb.com.br/pesquisa/associacaoariasocial

Sobre o Aria Social

O Aria Espaço de Dança e Arte foi criado em 1991 pela bailarina Cecília Brennand com o objetivo de abrigar e integrar todas as artes e contribuir para sua democratização cultural. Em 2004, foi transformado em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), sendo uma instituição sem fins lucrativos, e passou a se chamar Aria Social. Com ênfase na formação completa de bailarinos-cantores, na introdução ao universo musical e ao empreendedorismo, o Aria Social produziu mais de 30 espetáculos e já garantiu a mais de 10 mil crianças, jovens e seus familiares acesso a oportunidades com grande potencial de transformar suas vidas.

O projeto tem como missão promover a transformação humana através da arte-educação, oferecendo a formação e profissionalização na música e na dança. Hoje atende 588 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, além de apoiar as famílias desses alunos, oferecendo capacitação em técnicas de artesanato e fomentando o empreendedorismo social a 140 mães artesãs, por meio do projeto Casa de Maria, fundado em 2017.

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